domingo, 22 de dezembro de 2013

Mudança de vida


Já faz algum tempo que estou pra escrever sobre isso.. a minha mudança de vida. 

Para quem não sabe, sou formada em relações internacionais pela ESPM e durante quase toda facu trabalhei em banco (sim isso mesmo)

Esse período da minha vida foi um momento que me enriqueceu muito como pessoa, mas que também foi fundamental para que eu percebesse uma série de outras coisas..

Durante esses anos da minha vida eu decidi fazer tudo. Decidi estagiar, 6 meses depois recebi uma proposta do banco pra efetivação e decidi virar bancária, paralelo a isso decidi que daria aulas de yoga, que queria namorar e ainda por cima que faria o meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) sozinha. Já posso adiantar que o romance terminou e que tirei 10 no TCC (alguma coisa tinha que fazer mega bem feito).

Brincadeiras a parte.. A rotina na faculdade era a mais leve. Sempre fui muito focada e durante as aulas eu tentava ao máximo ouvir e questionar tudo o que professor tinha pra dizer porque eu sabia que eu não teria tempo para estudar.

A rotina do banco era um pouco mais cansativa. Quando falava para os outros que trabalhava lá as pessoas sempre me olhavam com aquela carinha de surpresa e diziam que não tinha nada a ver comigo, ou então, que eu era louca..
Acontece que eu entrei lá por um mero acaso, pois a ESPM exige que os alunos tenham um período de experiência profissional para poder se formar. Fui atrás dessa experiência e acabei fazendo isso melhor do que eu pensava. Descobri que eu servia para o negócio e que não era um trabalho tão difícil de ser feito (apesar de muita gente achar dificuldade). Trabalhava na área internacional do banco, Global Banking, e lidava com produtos financeiros que auxiliavam a compra e venda, exportação e importação de commodities (grãos, minério, combustível, etc.).

Foi uma oportunidade muito legal, pois eu tive a chance de experienciar o que as pessoas chamam de mundo real. Sabe o mundo real? Acordar cedo, ir pro trabalho, engolir sapo, respeitar hierarquia, fazer social, politicagem, ter responsabilidades, ganhar o seu dinheiro, autonomia, “liberdade”..  e além disso, o status de trabalhar em banco que muita gente se prende nesse tipo de coisa, inclusive eu me prendi por um tempo...  Faltando dois anos pra me formar ganhava um salário que nunca imaginei que ganharia, mas também passei por coisas que nunca imaginei que iria passar.

Eu costumo dizer que a maior sorte que eu tive foi ter um chefe bacana que apesar de ser meio fora dos padrões, confiou muito no meu potencial e me botou de cara pra pessoas no ambiente corporativo super influentes. A partir desse contato pude visualizar toda a minha carreira corporativa. Eu sabia exatamente o que eles queriam e esperavam de mim e pra levar a minha carreira adiante era apenas uma questão de escolha própria.

Quais eram os prós e os contras dessa escolha? O primeiro ponto era sem duvida a comodidade. É impressionante o que o ser humano faz para manter-se na zona de conforto. Eu comecei a ganhar um salário super bom e me acostumei com uma vida boa sustentada única e exclusivamente por mim.
Grande parte dos meus amigos estão espalhados pelo mundo, então amava a liberdade de poder viajar quando eu quisesse. Nesse período acabei indo pra NY duas vezes, Floripa (perdi as contas), Balneário, Praia do Forte, Peru, França, Alemanha, Italia e Espanha, e o melhor: sem passar vontade alguma.. fiz tudo o que eu queria. 
Isso foi ótimo por um tempo, e pra ser sincera era a única coisa que compensava viver a vida no ambiente corporativo. Eu não quero desmerecer a chance que tive e nem o aprendizado, que foram incríveis e agradeço muito ao universo por isso, mas é um ambiente estressante. Por mais que você não se abale você gasta muita energia se blindando, energia essa que podia ser canalizada para algo super positivo. 
Durante o período que estive lá presenciei funcionários de longa data passarem por depressões profundas, crises de irritablidade, crise do pânico, ataque cardíaco, AVC, obesidade, sedentarismo, conformismo, vitimismo (acabei de inventar, é a mania de se fazer de vitima), vi algumas dessas mesmas pessoas serem demitidas do dia pra noite, depois de anos de rugas e cabelos brancos dedicados ao banco, e o pior: tínhamos que fingir que tudo isso era normal. E na verdade é, faz parte do game..
A gota d’agua foi quando uma mulher perdeu parcialmente os movimentos da face após receber a noticia de quanto seria o bônus de final do ano. Sem contar o que eu tive que aturar de assédio sexual e moral e ainda pra finalizar picuinha, fofoca e intriga de gente mal resolvida e insegura. Por mais que eu conseguisse lidar com esse tipo de situação, isso fez com que eu percebesse que eu teria que viajar MUIIITOOO pra relaxar em floripa e praticar o triplo de yoga para poder manter a energia vibrante. Comecei a me questionar se tudo isso valeria a pena, se compensaria trabalhar 12 meses na espera de 1 mês de desfrute e prazer.

Mesmo tendo essa rotina corrida fazia questão de dedicar algumas horas do dia para aquilo que me desse prazer, e isso foi o sopro que deu asas para manter meu sonho vivo.  E é o que recomendo a todos. Por mais corrida que seja a sua rotina, arrume um tempo para si. Arrume um tempo para respirar, descansar e relaxar e o mais importante: Não se cobre por fazer isso. Por mais que tudo esteja desabando.. pare! Você pode não se dar conta, mas na maioria das vezes as coisas desabam justamente porque deixamos de cuidar de nós
Independente do ambiente que você viva, as pessoas que mais se destacam são aquelas que são saudáveis, que tem uma boa aparência (não esteticamente), mas que transmitem algo de bom. Isso só é possível quando cuidamos de nós. Em todos os lugares, seja no banco ou mundo a fora as pessoas buscam se aproximar e se relacionar com pessoas positivas.



Diferentemente disso, quanto mais pessoas eu conversava, mais problemas eu escutava e mais eu via como elas estavam vivendo de uma maneira negativa, reclamando o tempo todo e de tudo, mas ao mesmo tempo sem fazer nada para mudar a situação. Eu ficava impressionada, porém não surpresa com todos os resultados de pesquisa de satisfação do banco. Os resultados mostravam que as pessoas que trabalhavam ali estavam super infelizes e não consideravam aquele ambiente um lugar mentalmente saudável para estar. A pergunta é: Se estamos infelizes, por que não mudamos?

No mundo real vi que não é tão fácil assim mudar.. Eu mesma que nem tinha muitos deveres reais que me “obrigassem” a me manter naquele trabalho, demorei pra sair e pra tomar a atitude de ir atrás do que fazia sentido para mim. Tinha na minha cabeça que estava “presa” e que não podia ir muito longe por conta da faculdade e que não fazia sentido eu sair do trabalho sendo que eu ainda tinha que me formar, e bem ou mal o banco me ajudou durante esse processo. Eu tinha apenas um argumento que na minha cabeça podia servir de desculpa  e me agarrei nele fortemente, imagina então quem tem filhos, casa, conta, comida, escola, seguro de saúde, etc pra pagar.. Como faz pra ir atrás do sonho e de algo que te toque?
Eu não tenho a resposta direta pra isso, mas posso indicar um ponto de partida. Onde quer que você esteja trabalhando, por mais que não goste e ache isso um saco, mas que por “n” motivos não consegue sair, comece mudando a sua atitude para com o seu trabalho. Ao invés de encarar tudo com a negatividade, comece a encarar com a positividade. Por mais que não seja a vida que você sempre sonhou aquilo faz parte da sua realidade e você depreende bastante energia nesse trabalho. Sem contar que o seu sustento, a sua comida, o seu lazer, tudo é fruto daquela atividade, então levante todos os dias da sua cama sendo agradecido por ter isso.
Segundo, se realmente você sabe que não é isso o que quer, encare o seu trabalho como algo temporário e não arrume mais comodidades e responsabilidades que te façam ficar preso nele, isso inclui principalmente saber utilizar o cartão de crédito. Terceiro, tenha coragem.. comece a pensar nos seus sonhos e desenvolva alternativas para você, pense em coisas que te fariam acordar e dormir feliz. E por ultimo: dê uma chance para si mesmo. Esse é um dos passos mais importantes. Dar uma chance a si significa ser leve o suficiente para se permitir. Permita-se acertar e errar, a vida é feita de dualidade se existe o certo é porque existe o errado e ninguém consegue permanecer em apenas um desses caminhos o tempo todo.

Por não deixar de fazer o que eu amava, eu não era apenas uma bancária, era uma bancária yogi, em meio a toda essa correria ainda praticava e em algumas manhãs dava aulas no parque para conhecidos e amigos.  Esse foi o começo do estalo que faltava na minha vida. Paralelo a isso, com o sucesso do meu TCC surgiram algumas ideias de mestrados fora do país, coisas que para mim pareceram bem interessantes, mas que para seguir em frente teria que abrir mão do conforto e segurança que o banco me proporcionava com o salário e benefícios.
Então um belo dia decidi dar o primeiro passo a favor do que me fazia feliz e escutar mais aquela minha vozinha interior.

Essa voz, que eu chamo "a voz do coração" apontou em todos os sentidos para uma coisa: A vontade de viver. Não podia acreditar que a vida se resumia nessa rotina e que seria isso até os meus 50, 60 anos até esperar a aposentadoria pra descansar. Todo mundo fala em conforto quando você ficar mais velho, mais pra mim a vida estava rolando agora, e quanto mais tempo eu passava sentada na minha cadeira executiva, mais eu sentia a vida passar. Olhava pela janela via um sol maravilhoso, sentia vontade de sair correndo, de ir pra praia, de ficar deitada na grama, de ir almoçar com minha vozinha, de ficar com meu cachorro, de conhecer outros países. Nunca fui uma pessoa reclamona, sempre toquei o barco e fiz tudo, mas no fundo eu sabia que não estava aproveitando o melhor de mim.. eu podia fazer mais e ser mais feliz.

Na decisão de ser feliz faz parte parar de viver a nossa vida em função da expectativa alheia, porque no final das contas nós nunca podemos ter certeza do que os outros esperam de nós. Temos que saber o que nós esperamos de nós mesmos. Onde nós queremos chegar? E o mais importante, temos que dar essa chance a nós mesmos. Temos o direito de ir atrás daquilo que nos faz feliz. Temos o direito de dedicar pelo menos algumas horas do nosso dia a alguma coisa que faz o nosso coração vibrar, que faz o dia valer a pena e que faz a vida valer a pena. Não podemos aceitar a possibilidade de viver a vida no automático, e tampouco de aceitar as pequenas recompensas que esse tipo de caminho trás como se fosse algo real, pois não é.

Existem muitos amigos que falam que pra mim foi fácil, porque eu tinha alternativas, porque eu tinha um sonho, porque eu tenho o yoga, mas na verdade eu acredito que todos nós temos um sonho, e que não deveríamos ter medo de segui-los. As pessoas que dizem que não tem alternativa acabam não tendo mesmo.. Porque elas mesmas na mente e no coração já se limitaram.

Pensando nisso, decidi colocar em prática o discurso e ir atrás das possibilidades que pareciam interessantes para mim. Logo de início encontrei um curso de formação de professores de yoga com uma indiana super tradicional e bem indicada por conhecidos que se formaram com ela e fiquei namorando a possibilidade de largar tudo. Ela demorava um tempo pra responder dizendo se eu seria aprovada ou não, mas no final recebi uma resposta positiva. Agora só o que faltava era a coragem pra abrir mão do conforto, status, dinheiro e me tornar “apenas” uma recém-formada desempregada.

No fim das contas, achei que poderia perder algumas coisas, mas não perdi nada, ganhei. A gente nunca perde quando escuta a si mesmo. O curso de Yoga era em Barcelona, fui com passagem comprada pra ficar de junho a setembro, mas ao conhecer a tal da indiana – que hoje considero como minha guru e me identifico absurdamente –  decidi me jogar sozinha na Índia, lugar onde fiquei de setembro a novembro e acabei por ter a melhor experiência da minha vida.




Eu ainda vou fazer um post falando de como foi cada uma dessas etapas, Barcelona e Índia, não vou escrever sobre isso agora se não vocês não aguentam ler :)




terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ashtanga Yoga


O principal obstáculo quando iniciamos a prática do Yoga é sem dúvida a mente. Ao passar do tempo, fixamos na nossa mente certas ideias baseadas na nossa memória e em experiência de vida que acabam por criar uma série de condicionamentos.  Além disso, em muitos casos as pessoas começam a prática com muitas expectativas e pouca paciência. 
Muita gente considera que yoga é apenas um exercício corporal (principalmente no ocidente), mas poucas pessoas sabem que o yoga tradicional, que tem a sua base em Patanjali (Yoga Sutras de Patanjali) é constituído por oito princípios. Em sânscrito a palavra oito significa ashta e a palavra anga significa princípios. É por essa razão que nos referimos ao yoga como ashtanga yoga (não confundam com o estilo chamado Ashtanga Vinyasa Yoga desenvolvido no sul da Índia por Sr. K. Pathabi Jois).
O Ashtanga Yoga codificado por Patanjali é por si só completo e tem o objetivo de guiar o praticante através dos níveis físicos para atingir os níveis mais sutis de consciência. Esses oito níveis podem ser entendidos gradualmente. Os primeiros quatro princípios consistem na prática de Hatha Yoga e os ultimos quatro consistem na prática de Raja Yoga.

HATHA YOGA + RAJA YOGA = ASHTANGA YOGA.

E quais são os oito princípios do yoga?

O primeiro princípio é chamado de Yamas, que são preceitos comportamentais que devem ser praticados com consciência pelo aspirante de yoga. A prática constante de Yamas irá desenvolver consciência e hábitos positivos. Os cinco comportamentos são:
1)      Ahimsa: Não-violencia
2)      Satya: Verdade
3)      Brahmacharya: Moderação da energia sexual
4)      Asteya: Honestidade
5)      Aparigraha: Não desejar o que é dos outros

Até agora no blog eu comentei um pouco sobre Ahimsa. Pretendo comentar sobre cada um dos comportamentos mais pra frente J

O segundo princípio do yoga é chamado de Nyama. Os Nyamas são observâncias para o yoga que irão ajudar o praticante a estabelecer uma mente positiva. Os cinco principais Nyamas são:
1)      Saucha: Limpeza
2)      Santosha: Contentamento
3)      Tapas: Austeridade (auto-superação)
4)      Swadhyaya: Auto-estudo
5)      Ishwara Pranidhana: A auto-entrega ao divino. Momento em que nos desapegamos do ego.

A prática correta de Yamas e Nyamas ajudam o aspirante de yoga a desenvolver consciência dos níveis físicos, dos sentidos, emoções, pensamentos e ações. A prática desses dois princípios do yoga é o que proporciona ao praticante a calma e a purificação da mente para que seja possível começar a desenvolver os níveis mais sutis de energia.

O terceiro princípio do yoga consiste na prática das posturas corporais. A prática de Asana proporciona ao yogi uma reeducação corporal que é diretamente refletida na mente. Patanjali define Asana como sendo uma postura firme e confortável “Stiram sukham asanam”. Asanas são importantes, pois quando o corpo físico inicia um processo de desintoxicação tanto emocional quanto físico, isso ajuda o praticante a entrar no caminho espiritual e acessar os níveis mais elevados de consciência da prática. Nos níveis físicos, os Asanas ajudam a melhorar a flexibilidade e a vitalidade do corpo e proporcionam ao praticante a capacidade de sentar por horas de maneira confortável para meditar.
 A partir da prática dos Asanas o corpo e a mente trabalham juntos através da concentração e da captação de prana (energia) que a respiração consciente proporciona.  Cada Asana estimula diferentes tipos de glândulas, nervos, músculos, órgãos e claro, os chakras do corpo. Quando permanecemos em uma posição confortável durante muito tempo nos tornamos capazes de desapegar do nosso corpo físico e entramos em contato com o corpo pranico. É por essa razão que na Índia, mesmo pessoas especiais que possuem limitações corporais, tais como paralisia, podem praticar Asana. O objetivo dos Asanas é conseguir atingir a posição no nível pranico, do contrário se a posição se limita apenas ao nível físico não há qualquer diferença entre praticar yoga ou ginástica artística e acrobacia. Se a pessoa conseguir superar mentalmente as limitações do corpo físico seja com o corpo ou apenas com a visualização, então ela atingiu o objetivo da prática de Asana. Dessa forma, ela pode reproduzir mentalmente através das mentalizações exatamente aquilo que seria performado fisicamente.

O terceiro princípio da prática consiste nos exercícios de respiração. Os Pranayamas não são apenas exercícios para controlar a respiração, mas sim exercícios para que você se torne consciente da sua respiração, e através dela possa expandir o seu prana, a sua energia. Não podemos controlar algo que não somos conscientes. Os Pranayamas promovem o controle da respiração, pois a prática proporciona a consciência da respiração. Nos níveis físicos, os Pranayamas aquecem o corpo e ajudam no processo de desintoxicação e equilíbrio da energia solar e lunar (pingala e ida). Quando nos tornamos consciente do respirar, automaticamente expandimos a nossa energia e nos tornamos conscientes também das nossas emoções e dos efeitos que cada sensação produz no nosso corpo e na nossa mente. Todas as emoções estão diretamente relacionadas com o ritmo respiratório, por tanto uma mente consciente é por si só uma mente calma.

Hoje eu paro por aqui, falei dos primeiros quatro princípios que consistem o que Patanjali chamou de Hatha Yoga.
Hatha representa a energia solar e lunar, que aplicados ao nosso corpo consistem na energia física e mental, razão e emoção, dia e noite, calor e frio.. Todas as práticas de Asanas, Pranayamas, Kriyas, Mudras e Bandhas fazem parte da prática de Hatha Yoga que tem como objetivo manter o equilíbrio corporal físico e mental. Por tanto, independente do tipo de yoga que você praticar, em um dado momento você pratica Hatha J
Nos próximos posts vou falar sobre cada um dos Yamas e Nyamas e depois vou seguir com os quatro últimos princípios do ashtanga yoga.

Pranam 

sábado, 30 de novembro de 2013

Viva para você


 A melhor maneira de começar um dia é fazendo aquilo que você ama. 
Foi nesse ano que comecei a levar essa filosofia muito a sério na minha vida e recomendo para todos.
É muito importante dedicar para si mesmo pelo menos algumas horas do seu dia. Passamos grande parte do tempo fazendo um monte de coisas para os outros e esquecemos daquilo que nos faz feliz. Esquecemos dos nossos sonhos, dos nossos objetivos e esquecemos de ser agradecidos pela vida que nós temos.
O resgate desse prazer é fundamental pra que as coisas comecem a acontecer em nossas vidas. 
Temos que gastar pelo menos um tempinho para definir, visualizar e mentalizar os nossos objetivos e sonhos. Ninguém vai viver a sua vida por você, a caminhada a sua J
Eu me realizo no yoga e tenho como compromisso tentar transmitir ao máximo tudo de positivo que aprendi. E uma das coisas mais valiosas, por incrível que pareça, foi aprender a pensar em mim. 
Muitos falam da importância em pensar no próximo, mas é apenas pensando em si próprio que você pode se preparar para dar aos outros tudo aquilo de positivo que é nutrido dentro de você. Se você é uma pessoa feliz, amorosa, não-violenta e que se respeita naturalmente você reflete esses estados mentais e emocionais com o próximo.
Esse é o sentido que descobri em dar aulas de yoga, sinto que através do ensinamento da prática as pessoas se abrem para receber novos conceitos. Fico muito feliz quando uma pessoa se interessa em praticar, pois consigo ver que um ser humano está preocupado com o seu bem estar e desenvolvimento pessoal.
O sábado começou cheio de energia positiva com um aulão enorme no parque do Ibirapuera.. Para mim essa é sem dúvidas a melhor maneira de começar o dia J












terça-feira, 26 de novembro de 2013

Aulas de Yoga


Cheguei no Brasil há uma semana e as aulas já estão super rolando :)

Agora que comecei a me dedicar apenas ao yoga, fiquei com opções de horários mais flexíveis tanto para aulas particulares como em grupo. O ideal é praticar 1h 30 min de aula, pois a prática não se restringe apenas às posições corporais.

Já foram abertas duas turmas no parque Ibirapuera de terças e sextas feiras das 7:00 às 8:30 e de terças e quintas-feiras das 20:00 às 21:30. As vagas são limitadas :) Hoje foi o primeiro dia de prática dessa turma super astral ..

Gravei um videozinho para vocês sentirem o gostinho de como foi super bacana..
Espero vocês !!

Pranam,





segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ahimsa - Não violência

Em 2003, surgiu nos EUA um movimento para incentivar um dia da semana em que todas as pessoas optem por não consumir carne. A segunda-feira sem carne faz um apelo a favor das pessoas, dos animais e do planeta. Aproveitando que hoje é segunda feira, em homenagem ao dia sem carne, gostaria de tocar no assunto da importância e significado de ser vegetariano.

Porque se recomenda ao praticante de Yoga a alimentação vegetariana? Um dos princípios do Yoga que incentiva esse tipo de alimentação é chamado de Ahimsa. O significado de Ahimsa é Não-Violência. O Yogi acredita que todas as formas de vida devem ser respeitadas e por conta disso, todos os seres vivos tem o mesmo direito de viver. Ele sabe que até a sua própria vida está conectada profundamente com todas as formas de vida, pois todos os animais e seres vivos exercem uma função fundamental para manter o equilíbrio do ecossistema. Contudo, a prática de Ahimsa não se resume apenas em ser vegetariano.

A não violência está presente em vários aspectos e principalmente começa com você. Apenas porque uma pessoa é vegetariana, não significa que ela é não-violenta. A violência é um estado da mente e não uma mera questão de dieta. Não devemos exercer nenhum tipo de pressão negativa em nossas mentes e muito menos tomar qualquer tipo de atitude que venha a nos prejudicar. A mesma discriminação que é feita com os alimentos também deve ser feita com os nossos pensamentos para que possamos encontrar a paz e a calma. Assim como escolhemos comer uma comida saudável, uma fruta, vegetais frescos e alimentos que irão nutrir o nosso corpo da melhor maneira possível, também devemos fazer o mesmo com as nossas atitudes e pensamentos: escolher aqueles que vão nutrir da maneira mais saudável a nossa mente. É importante fazer essa discriminação no nível mental. É engraçado, porque dificilmente nós escolheríamos ingerir uma comida estragada ou venenosa, mas quando se trata de pensamentos deixamos tudo entrar e muitas vezes são escolhas que nos fazem sofrer. A comida alimenta o nosso corpo e os pensamentos alimentam a nossa alma.  

O nosso estado de espírito interior é refletido diretamente nas nossas relações. Quando estamos bem com nós mesmos tudo ao redor flui. Não faça nada que possa te agredir, até mesmo o próprio fato de não comer carne, você só deve ser vegetariano quando isso ocorre de uma maneira natural. E se for algo natural não se sinta mais ou maior que alguém. Você simplesmente escolheu ser vegetariano porque para você essa parece ser a melhor maneira de viver a sua vida, e escolher como viver é um direito de todos os seres humanos. Faça as melhores escolhas para você :)

Pranam


Em homenagem aos vegetarianos e à segunda-feira sem carne, o ásana do dia é o Matsyasana, a posição do peixe :)

domingo, 24 de novembro de 2013

Namaste

É com o coração aberto e cheio de alegria que venho compartilhar as experiências que vivenciei e vivencio no universo do Yoga. 
A minha relação com a prática foi amor à primeira vista. Comecei a praticar um pouco antes de completar 14 anos de idade e desde então nunca parei. Durante esse tempo, tive períodos mais e menos intensos, mas sempre procurando estar em harmonia com a filosofia da prática. 
Essa filosofia - que pra mim é tão apaixonante - foi responsável por uma das melhores experiências da minha vida: viajar pelo mundo atrás de conhecimento sobre o Yoga. A jornada que começou na Europa e terminou na Índia foi apenas o começo, pois me deparei com tanta riqueza de conhecimento que para absorver tudo milhares de viagens seriam necessárias. 
Esse blog é uma ferramenta para ajudar a compartilhar as lições que aprendi sobre a filosofia e prática do Yoga. Nada do que for postado aqui é invenção minha, o Yoga por si só já é uma filosofia completa e muito bela que não precisa de novas invenções da modernidade. A minha missão como yogi é tentar transmitir da maneira mais transparente o possível o que já está escrito e codificado e espero que eu não tropece fazendo julgamentos sobre qual prática é "melhor" ou "pior" pois aprendi na Índia que todos os "tipos de yoga" vem da mesma origem e que não devíamos separar ou alterar a pratica dizendo que uma é melhor do que a outra, afinal Yoga por si só significa União. 

Começo recebendo vocês com a palavra Namaste. Essa palavra é uma saudação muito comum e bastante utilizada na Índia e simboliza um grande sinal de respeito pela pessoa que está sendo cumprimentada. A prática do Yoga consiste muito mais sobre os níveis energéticos do que o meramente o nível físico, para o Yoga todas as formas de vida devem ser respeitadas, porque a energia não desaparece, ela se transforma. Ao dizer Namaste cumprimentamos a energia que existe dentro de cada um. Energia essa que já percorreu diversos planos e caminhos e que no momento habita dentro do seu ser, sendo responsável por alimentar a sua alma. Namaste é uma maneira simples e bela de reconhecer essa perfeição que existe dentro de cada um :)

Pranam,

Milla Monteiro